segunda-feira, 19 de maio de 2014

Andando na Corda Bamba



Uma das primeiras tarefas do iniciado é o equilíbrio dos quatro elementos em sua alma. Na Golden Dawn, isso era feito principalmente através da prática do Ritual Menor do Pentagrama, que, dentre outras coisas, trabalha com o simbolismo elemental com os arcanjos que ficam na borda do círculo e também com o próprio pentagrama, que é um símbolo dos Elementos sob o Espírito. Além de tal ritual, havia meditações com os símbolos dos tattwas. De tabela, muitos sistemas de magia posteriores à Golden Dawn e que foram diretamente influenciados por ela possuem em seu currículo inicial práticas que visam equilibrar o praticante.

A importância que se dá a esse trabalho inicial é grande, e há um bom motivo para isso: todos nós temos certas inclinações, e sem o equilíbrio adequado de tais inclinações, dificilmente chegaremos em algum lugar.
Claro que os exercícios voltados para isso exercitam também a capacidade imagética do indivíduo, bem como o acostuma a trabalhar com esse tipo de força de uma forma mais palpável e menos abstrata. Porém, é notável a importância do equilíbrio das funções psíquicas que correspondem aos elementos não só para o trabalho místico, mas também para experimentar a vida de forma mais completa e menos condicionada.

Cada um apresenta naturalmente uma predisposição para experimentar o mundo por meio diferenciado das quatro funções psíquicas da teoria de Jung. O teste MBTI é uma forma de descobrir qual sua predisposição, ou seja, qual das funções é mais forte em você, se é introvertida ou extrovertida, e, de tabela, descobrir a função que foi relegada ao Inconsciente. Na minha opinião, a forma mais inteligente de usar o resultado do teste, assim como seria na análise de uma carta natal, é não exaltar as peculiaridades de forma a querer criar grupinhos e generalizações, como normalmente se faz com a Astrologia, em que alguns candangos querem segregar todas as pessoas do mundo em 12 castas e atribuir de forma determinista suas virtudes e defeitos. O teste (bem como o estudo da carta natal) é útil porque te permite conhecer, sim, suas qualidades e potenciais, mas principalmente porque mostra com certa clareza os seus vícios de comportamento e as áreas decadentes da sua personalidade.

Se formos levar em conta o axioma de que somos um microcosmo, então possuímos todos os atributos, e somos, portanto, um círculo. Acontece que, na nossa percepção deturpada, nós não somos um círculo, e nosso Ego tende a se identificar com alguns atributos a negar outros. Para progredir espiritualmente ou mesmo para viver bem (não vejo mais muita diferença entre a vida e espiritualidade) é preciso explorar as nossas deficiências.

Tomemos um exemplo. Das quatro funções (a saber, Pensamento, Sentimento, Intuição e Sensação), as mais fortes em mim são Pensamento e Intuição, de modo que meu tipo psicológico, pelo modelo do MBTI, é INTP (Pensamento Introvertido com Intuição). Sendo Pensamento minha função mais forte, eu tenho uma facilidade natural com o estudo racional e analítico. Por outro lado, o pensamento discursivo e falta de tato são também uma consequência disso. De tabela, a função oposta que é o Sentimento, se torna decadente, de modo que raramente o experimento. A minha função secundária é a Intuição, de modo que sua oposta, a Sensação, também não seja muito explorada.

A armadilha é que tendemos a querer reforçar aquilo em que já somos bons. Acontece que isso só vai acentuar o desequilíbrio. Se Sentimento é minha função inferior, então eu devo focar em uma prática devocional, uma oração ou mesmo um relacionamento que me permita experimentar essa função. Se minha Sensação também não é muito desenvolvida, então uma arte marcial, exercícios físicos, Chi Kung, Yoga ou meditação focada nas sensações corporais (que de quebra acabaria com o pensamento discursivo) funcionaria bem para mim. Não é questão, contudo, de tornar-se o seu oposto. O objetivo é compensar as deficiências para que deixemos de nos identificar apenas com algumas funções e passemos a utilizar todas as ferramentas de que dispomos.

Para uma compreensão um pouco mais profunda sobre os 16 tipos psicológicos, é interessante estudar os Arcanos da Realeza do Tarot, com que possuem alguma correspondência.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Em defesa da voz interior

   Imagine que você anda numa rua deserta, está vestido com suas roupas de trabalho e é seu primeiro dia. Quer, acima de tudo, agradar seus superiores e dar uma boa impressão. Mas olhando para o céu você vê que ele está coberto de nuvens, uma chuva intensa se aproxima, uma tempestade. Não há onde se esconder, nenhuma marquise, nenhuma loja, você está a pé e vai se molhar, sua esperança é correr, você tenta mas a chuva começa a cair, deixando sua roupa ensopada e você está irado com a situação, seu dia foi arruinado. A cada gota fica pior, você tenta lutar contra aquilo mas não consegue, quanto mais você corre, mais se molha. Até que você para, já não tem o que fazer, aceita a condição de estar molhado e seu primeiro dia de emprego arruinado, a chuva continua caindo sob seus ombros e você prossegue andando, triste com a situação, até que percebe algo diferente: Por mais que a chuva caia nas suas roupas, não há como se molhar mais do que já está, você chegou em um ponto em que a chuva não pode mais lhe afetar, está imune. A chuva cai, mas você não liga, caminha lentamente, molhado, mas seco.

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   Talvez o leitor, por ter lido o título desse texto e o pequeno ensaio acima, já tenha notado aonde quero chegar. Todos os dias eu procuro praticar meditação. Em alguns dias sou bem sucedido, minha mente objetiva vai sendo freada até o ponto em que estou em harmonia com o ambiente e minhas energias circulam como música pelo meu corpo, é lindo e contagiante. Acabo de meditar com a esperança de que nas próximas vezes poderei ir mais profundamente, explorando ambientes da minha psique onde jamais fui. Mas claro, o mundo é cruel em certos dias, o seu 'eu' de ontem não é o mesmo de hoje. Como eu costumo praticar sempre de noite, antes de dormir, acabo carregando a bagagem do dia, e muitas vezes meu dia não foi tão bom como esperado. Pensamentos rebeldes circulam pela minha mente consciente e ficam me atormentando na hora do relaxamento. Não preciso explicar pra ninguém o resultado, acredito que você já sabe a resposta: quando você está nesse estado, desista, ou você vai ficar frustrado! Pode até ser que você consiga quebrar a barreira e atingir um estado mental de calmaria, mas lhe garanto que é difícil, e se você não tem a disciplina necessária você certamente não conseguirá.

   Antes eu achava que uma forma eficaz de combater isso é lutando com todas as forças contra meus pensamentos: "uma hora deve parar" pensava. Não parava, talvez eu não tenha força de vontade suficiente, ou talvez eu seja um preguiçoso conformista que não consegue focar a mente na respiração. Sim, você está correto nesse ponto. Mas existe uma outra alternativa. Vale lembrar que isso não é uma 'muleta', uma forma de facilitar as práticas... Ok, talvez seja, mas não no sentido pejorativo da coisa. A proposta que lhe apresento é simples e direta, me veio através de uma sacada lendo um dos livros de Jung (no qual estou com preguiça de ir procurar o título, me desculpe!). Foi por isso que escrevi o pequeno exemplo acima, demonstra de forma análoga a chuva de pensamentos que caem sobre você em momentos de concentração e meditação. Quanto mais você tenta lutar, pior fica. A natureza dos pensamentos é o Caos, e não adianta querer enjaular um animal que está acostumado com a selva. É interessante colocar aqui uma citação de Israel Regardie do livro 'O Poder da Magia':
Solte completamente as rédeas da mente; muitos pensamentos hediondos podem entrar nela; você ficará espantado por ser-lhe possível ter tais pensamentos. Mas descobrirá que a cada dia as fantasias da mente se tornam menos violentas, a cada dia se tomam mais calmas. Nos primeiros meses, você descobrirá que a mente tem mil pensamentos, mas descobrirá que aquele número se reduziu talvez a setecentos e depois de alguns meses serão menos e menos, até finalmente a mente estar sob perfeito controle. Mas precisamos praticar pacientemente todos os dias. Assim que o vapor é ligado, a máquina deve funcionar e, logo que as coisas estejam diante de nós, devemos percebê-las; assim, um homem, para provar que não é uma máquina, precisa demonstrar que não está sob controle de coisa alguma.
    Não preciso dizer muito depois disso. Os pensamentos são parte de você, negá-los e combatê-los não é um ato sábio. Quando você menos esperar, verá que eles começaram a se curvar diante de sua vontade sem esforço de sua parte. Apenas observe, deixe que as gotas caiam sobre seus ombros, aceite a natureza dos fatos apenas por um instante, e diante disso os pensamentos aceitarão a sua natureza como um ser meditativo.

Diante dessas reflexões eu me lembrei de um vídeo que vi anos atrás e que se encaixa perfeitamente no tema:

Uma dica final pra aqueles leram até aqui: troque de roupa antes que pegue um resfriado! :)

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Da Humildade

  Muito é falado de humildade e como ela é fundamental para que haja desenvolvimento espiritual. Por muito tempo eu estive convencido de que isso tudo era balela, já que o importante mesmo é a transpiração, o esforço, pura labuta. Da mesma forma, sempre me recusei a dobrar os joelhos para qualquer entidade superior, seja ela chamada de Deus, de Anjos ou "guias". Eu realmente nunca fui de orar ou de pedir ajuda, já que compartilho de uma visão pós-moderna da magia e da espiritualidade, em que, sendo nós dotados de um Atman, e sendo o Atman o próprio Brahman, todas as outras entidades espirituais são meras fragmentações e emanações do Espírito do próprio místico que recorre a essas forças. Sendo assim, não há razão para se ajoelhar, pedir, implorar humildemente, se tudo é tão somente uma fragmentação e personificação de conteúdos psíquicos existentes em você mesmo. Todavia, há um detalhe que quase sempre deixamos escapar por conta dessa visão pós-moderna e cínica: a humildade funciona.

Pode ser que não haja uma razão filosófica absoluta para ser humilde, como querem alguns místicos muito religiosos, assim como ocultistas da idade média, que eram extremamente católicos. E por mais que não tenhamos a mesma visão extremamente medieval e religiosa, há um motivo para que esse modelo de crenças tenha existido: ok, pode ser que não existam entidades separadas do magista, mas é assim que se parece! A Terra gira em torno do Sol, e não o contrário, mas olhando daqui, a Terra parece ser o centro. E, para fins puramente práticos, não importa se é assim ou não. Nenhum modelo é uma verdade absoluta, e sim uma construção mental para representar logicamente uma coisa que se experimenta empiricamente, como eu mesmo afirmei neste artigo. O problema enfrentado por quem adota um modelo pós magia do caos e pós-psicanálise é que esquecemos que até a nossa psicologia é um mero mapa. E ao menos uma boa parcela dos místicos modernos não é formada em psicologia ou psicanálise (assim como eu não sou), e nós, leigos, temos a mania de praticar um reducionismo sem sentido: "ora! Tudo isso é só a sua mente! Esses espíritos, anjos, Deus, tudo isso são aspectos do seu inconsciente, nada mais!"

Ora, não nego que a visão pós-moderna, pós-crowley, pós-psicanálise e pós-magia do caos é um mapa interessantíssimo e bem adequado aos tempos atuais (da mesma forma que a visão medieval era adequadíssima ao quadro cultural da época, encharcado de religião). Contudo, é um Mapa. E Mapas não são o Território, como já dissemos inúmeras vezes neste blog. E o problema em se praticar aquele reducionismo é que diminuímos demais a importância de tais forças. Quando você adota um modelo mais clássico, o de que há espíritos ou entidades independentes de si próprio, ao praticar um exercício espiritual ou coisa que o valha, ao se referir a tais entidades (que, para você, estão do lado de fora), você abre um espaço para o desconhecido, para o transcendente, que toma forma das tais entidades na sua Imaginação. Já quando você pensa que "está tudo em mim" (e realmente está, o problema é que a auto-imagem que você tem é a do seu Ego, não a da sua Psique, integralmente), você não dá espaço para o desconhecido, para o que habita as terras do Inconsciente (ou "mundos espirituais", nomes são apenas nomes.), logo, não é tão funcional.

A visão mágica clássica conta que, mesmo sendo todas as entidades e forças existentes independentes de você, pelo fato de o magista contar com o apoio divino (se colocando no centro de um círculo que representa o Universo, invocando Deus e usando da autoridade de seus Nomes), o místico tem condições de comandar qualquer força espiritual, já que toda e qualquer coisa é emanação de Deus. Da mesma forma, a visão extremamente psicologizada pós-moderna visa dar total controle ao ocultista, sendo que toda e qualquer força que ele venha a utilizar é uma fragmentação de sua própria Psique. O toque que precisa ser dado, no entanto, é que, sim, tudo está na sua mente. Porém, a sua mente é muito maior do que você pensa. A sua mente deve englobar tudo o que existe.

O pulo do gato, então, é entender que apesar de todas estas forças existirem em você, a sua atenção ou consciência estão fortemente fincadas no Ego, não no Si-Mesmo, que é o centro da Psique (e é ao que você se refere quando usa a palavra "Deus", geralmente). Se você em seu aspecto mais elevado engloba toda a existência, não faz sentido querer atribuir toda a potência dessas forças à sua personalidade, represando-as no Ego, e, assim, impedindo um livre fluxo da tal potência. Ser humilde, é, portanto, deixar-se preencher pelas forças que estão além daquilo que você concebe como sendo "você", e permitir que essas forças fluam através de si. Na melhor das hipóteses, um místico que não é humilde não consegue ir muito longe. Na pior delas, até consegue contatar as fontes de imenso poder e potência, mas por atribuí-las ao próprio ego, acaba por infla-lo, o que pode lhe render um fim próximo ao do Nietzsche ou mesmo, como querem alguns,do próprio Crowley.

Em outras palavras: o modelo clássico está correto. Ao menos, tão correto quanto um modelo pode estar.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Afrouxando o Karma

Há um tempo atrás, livros de auto ajuda com conhecimentos supostamente esotéricos estavam na moda. E apesar de toda aquela conversa de "o que importa é viver o Agora, ter a atenção presente", e tal fórmula ser vendida como um grande segredo místico ser bastante Fail por dizer que é apenas isso que importa, as técnicas de auto ajuda funcionam. E existe uma razão para isso.

Apesar de resumirem a prática da meditação ao bem-estar (o que é um problema, e essa questão merece um texto só sobre isso), os autores de auto ajuda tocaram numa verdade. Tanto a nossa percepção do mundo quanto a nossa vontade de agir nele passam por diversos filtros. Filtros esses construídos pelo costume, pelo hábito. Citando Swami Vivekananda, em sua obra intitulada como Karma Yoga:

Se um homem diz frequentemente más palavras, tem maus pensamentos e executa más ações, sua mente estará cheia de más impressões; estas influirão em seus pensamentos e ações sem que ele seja consciente delas. Portanto, estas más impressões atuam continuamente, e o resultado deve ser mau; esse homem tem que ser mau, e não poderá evitá-lo. O produto dessas impressões desenvolverá nele um forte poder que constituirá o motivo de suas más ações; será como uma máquina em mãos daquelas impressões, e estas o obrigarão a praticar o mal.

Da mesma forma, se um homem tem bons pensamentos e pratica boas ações, a soma total dessas impressões será boa, e o levará a praticar boas ações, talvez mesmo inconscientemente. Quando um homem praticou certo número de boas obras e teve bons pensamentos, experimenta uma tendência irresistível para o bem; e mesmo quando quiser praticar o mal, sua mente, que é a soma total de suas tendências, não lhe permitirá. Neste caso se diz que o bom caráter do homem já está firme.


E tal condicionamento é chamado de Karma. Da mesma forma que o cérebro é extremamente maleável e plástico na infância e conforme passa o tempo esta maleabilidade vai sendo perdida, dando lugar a uma rigidez, assim acontece com nossas ações e também com nossas percepções. Há uma tendência que faz com que esqueçamos da nossa liberdade inicial para agir e cristalizemos certos padrões de comportamento (e de pensamento, e de sentimento). E tal condição pode determinar como você se sente, como você percebe o mundo e também como você age. Como nos dois parágrafos acima retirados do Karma Yoga, há um condicionamento bom e um condicionamento mau. E é nisso que a auto ajuda se baseia. E a minha crítica a essa abordagem (que farei em outro artigo, mas darei um pitaco aqui) é explicitada pelo próprio Vivekananda, na mesma obra, pouco mais adiante:


Há, todavia, um estado superior a este: é o desejo de libertação. Deveis lembrar-vos que a liberdade da alma é a meta de todas as yogas, e cada uma destas conduz ao mesmo resultado. Por meio das obras, os homens podem chegar ao estado que Buda alcançou em grande parte pela meditação e Cristo pela devoção. Buda foi um jnani ativo; Cristo um bhakta, porém ambos alcançaram a mesma meta. A dificuldade está em que a libertação implica inteira liberdade; liberdade de fazer o bem, tanto como de praticar o mal.

Contudo, as práticas que promovem a flexibilidade são muito úteis. Eu mesmo tenho experimentado uma bem simples e intuitiva, que promove um afrouxamento desta couraça psíquica e muscular (sim, muscular! Repare como o condicionamento mental afeta os seus gestos, a sua feição e tensiona certos músculos), permitindo assim uma espontaneidade maior.

Prossiga da seguinte forma:

Deitado ou sentado numa posição que o permita relaxar, mantendo a coluna reta, se liberte das preocupações que ocupam sua mente;

Pouse a atenção sobre a respiração. Não respire mais rápido ou mais devagar, não prenda, só observe. Procure sentir o caminho que o ar faz, perfurando suas vias aéreas e pousando na parte inferior do pulmão (respire pelo diafragma);

Perceba então seu corpo. Todas as tensões musculares. Procure relaxar uma a uma. Uma sensação de afrouxamento é percebida. Dê uma certa atenção aos músculos da face;

Esse processo costuma durar entre 5 e 15 minutos, podendo ser estendido, obviamente. Procure aplicar isso no cotidiano: quando perceber que há alguma tensão física e psíquica impedindo a espontaneidade, experimente fazer o exercício.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Mobilização de Energias

   Com o avanço da internet é possível encontrar cada vez mais material de qualidade e de fácil entendimento. Mas se tratando de temas relacionados a ocultismo e espiritualidade me parece que as coisas são bem precárias... Felizmente os tempos estão mudando e os interessados de nossa época estão cada vez mais buscando meio pra propagar a informação de forma mais simples e dinâmica! Com vocês um exelente vídeo publicado pelo canal Aprenda Energias do YouTube:



Espero que esse tipo de material encoraje as pessoas a fazer coisas parecidas.
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